Confira uma equipe de drones imprimindo uma torre em 3D
Inteligência artificial

Confira uma equipe de drones imprimindo uma torre em 3D

A nova técnica, inspirada nas abelhas e vespas, envolve vários drones trabalhando juntos para construir uma torre a partir de um único modelo.

Um mini-enxame de drones foi treinado para trabalhar em conjunto para imprimir em 3D algumas torres simples. A equipe responsável pelo experimento espera que, no futuro, o método possa ser útil para projetos desafiadores, como a reconstrução de edifícios pós-desastres ou até mesmo simples reparos em prédios altos demais para serem acessados com segurança. 

Inspirado na maneira como as abelhas ou vespas constroem grandes ninhos, o processo usa um único modelo 3D para que vários drones trabalhem juntos, com um deles verificando o trabalho dos outros, à medida que avançam. Ou seja, um drone deposita uma camada de material de construção e o outro verifica a precisão de tudo impresso até aquele momento. Os drones voam de forma totalmente autônoma durante a execução das tarefas, mas são monitorados por um humano, que pode intervir se as coisas derem errado. 

Assista aqui.

Para testar as capacidades dos drones, os pesquisadores fizeram com que eles usassem espuma expansiva e um tipo especial de cimento leve para construir estruturas com alturas que variavam de 18 centímetros a 2,05 metros. As torres foram construídas em uma escala de 5 milímetros do modelo original. 

Depois, para mostrar que o sistema poderia funcionar em formações mais complexas, a equipe usou as luzes dos drones para criar uma sequência de imagens do rastro delas, enquanto simulavam a construção de uma estrutura alta, em forma de cúpula. A pesquisa foi descrita em um artigo na Nature. 

Mirko Kovac, diretor do Aerial Robotics Laboratory do Imperial College London, no Reino Unido, que liderou o estudo, diz que o procedimento pode ser usado para construir edifícios no Ártico ou mesmo em Marte, ou simplesmente para ajudar a reparar edifícios altos que normalmente exigiriam andaimes caros. 

Por enquanto, a técnica é limitada, porque os drones apresentam dificuldades para transportar cargas pesadas, precisam ser regularmente recarregados e ainda exigem supervisão humana. No entanto, os pesquisadores dizem que esperam minimizar alguns desses problemas automatizando o carregamento de energia dos drones durante os trabalhos, algo que atualmente é realizado por humanos. 

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