Conheça os projetos vencedores dos Innovators Under 35 Brasil 2024
Inovação

Conheça os projetos vencedores dos Innovators Under 35 Brasil 2024

Premiação aconteceu no palco da MIT Technology Review Brasil no Rio Innovation Week 2024.

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“A inovação precisa ser aplicada de alguma forma. Não basta ser apenas uma ideia.” Foi assim que Rafael Coimbra, editor-executivo da MIT Technology Review Brasil abriu o segundo dia de palco da empresa no Rio Innovation Week 2024. O dia foi dedicado à premiação dos Innovators Under 35 Brasil 2024.

Ao longo do dia o público conheceu os premiados nas categorias: Tecnologia, Saúde, Inteligência Artificial, ESG, Artes e Negócios. Os premiados foram apresentados por André Miceli, CEO e editor-chefe da MIT Technology Review Brasil, Iago Ribeiro, Product and Innovation Lead na MIT Technology Review Brasil, e Rafael Coimbra.

A premiação, realizada desde 1999 na MIT Technology Review Global, tem como objetivo conectar inventores, cientistas, pioneiros, visionários, humanitários e empreendedores que buscam desenvolver soluções para promover mudanças positivas na sociedade.

Esta é a segunda edição do prêmio no Brasil, que contou com mais de 140 inscrições. Todos passaram por uma etapa inicial de avaliação e os projetos selecionados seguiram para análise de um júri composto por especialistas de diversos setores. Com base nas classificações, os editores da MIT Technology Review finalizam a seleção dos Innovators Under 35.

Conheça os Innovators Under 35 Brasil 2024

Tecnologia

Luiz Fernando da Silva Borges – Kortex Corp

Vindo do Pantanal, no Mato Grosso do Sul, Luiz Fernando da Silva Borges sempre teve clareza sobre seu futuro: trabalhar com pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que transformam pensamentos em ações, especificamente interfaces cérebro-máquina (BMIs).

Aos 14 anos, Borges já conduzia pesquisas e representava o Brasil em grandes eventos e competições científicas. Entre os mais de 60 prêmios recebidos, está a criação de um novo método para próteses robóticas com sensação tátil. O trabalho foi premiado pelo programa Ceres Connection do MIT Lincoln Laboratory.

Certo do impacto que tais inovações podem ter na vida de pessoas com problemas neurológicos, Borges, que hoje mora em São Paulo, fundou a Kortex Corp. A empresa é dedicada ao desenvolvimento de BMIs não invasivas para comunicação, recreação e neuroreabilitação.

Os dispositivos desenvolvidos pela Kortex Corp incluem tecnologias de feedback visual em realidade virtual e aumentada, feedback vibrotátil, estimulação elétrica funcional (FES) e dispositivos mecânicos como pedais motorizados e andadores robóticos, projetados para reabilitar membros superiores e inferiores. Essa inovação pode ser a solução para crianças com paralisia cerebral, adultos com paraplegia, indivíduos com hemiplegia pós-AVC e doença de Parkinson.

Hudson Miranda – Nanoscópio

O pesquisador e empreendedor Hudson Miranda é um dos fundadores da Nanotechnology Solutions Factory, FabNS. A empresa foca no desenvolvimento de instrumentação para novas aplicações em nanotecnologia, oferecendo tecnologia avançada de Espectroscopia Raman Aprimorada por Dedo (TERS).

O produto principal da empresa, o nanoscópio chamado sistema Porto, quebra o limite de difração da luz, permitindo uma identificação e caracterização mais precisa dos nanomateriais.

Com uma história de 20 anos de pesquisa científica na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em colaboração com várias Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) nacionais, a equipe da FabNS trouxe ao mercado uma tecnologia que já comprovou sua eficácia e inovação. Um exemplo disso é a validação científica publicada na revista Nature, que destaca novos fenômenos observáveis com o sistema Porto.

Miranda sempre acreditou no potencial da nanotecnologia, um campo que possibilita melhorias em uma ampla gama de indústrias, desde semicondutores até farmacêuticos. Sob sua liderança, a FabNS tornou-se uma provedora líder de instrumentos ópticos e software de análise que auxiliam pesquisadores no desenvolvimento e estudo de nanomateriais.

Duda Franklin – Orby, Co.

A carreira de Duda Franklin em tecnologia começou cedo. Aos 14 anos, seu interesse pelo campo a levou a um curso técnico de informática na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Esses foram os primeiros passos para sua graduação em Neurociência e Engenharia Biomédica, complementada por um mestrado em Neuroengenharia e outro em Ciência, Tecnologia e Inovação.

Aos 25 anos, ela assumiu a direção da Orby Co., uma empresa DeepTech que fundou, com um sistema inovador de neuromodulação não invasiva. A empresa desenvolveu o Ortec, um dispositivo baseado na ciência de restaurar, tratar e mapear as atividades elétricas do corpo humano por meio de estimulação elétrica.

O sistema de controle utiliza Inteligência Artificial, que transforma dados inerciais ou sinais cerebrais em comandos específicos para modular uma onda de estimulação.

Saúde

Manoela Mitchell – Pipo Saúde

Com graduação em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e especialização em Empreendedorismo pela Universidade de Stanford, Manoela Mitchell tem muito mais do que um currículo impressionante. Após uma carreira de sete anos no mercado de investimentos, seu desejo de criar algo inovador a levou para o outro lado da mesa.

O cenário da saúde no Brasil tornou-se seu foco. Em 2019, seu desejo de inovar se materializou na fundação da Pipo Saúde, uma startup HealthTech com a missão de tornar os cuidados com a saúde simples e acessíveis em um país onde apenas cerca de 24% da população possui plano de saúde.

Para alcançar isso, Mitchell direcionou seus esforços para o maior segmento desse mercado: as empresas. Dois anos depois, a Pipo recebeu R$100 milhões em financiamento, o maior valor já levantado por uma empreendedora feminina no Brasil.

Manoela criou a Pipo como uma empresa de benefícios de saúde que oferece um atendimento humanizado combinado com tecnologia de ponta e análise de dados.

A empresa otimiza e simplifica o relacionamento entre o RH das empresas e os planos de saúde oferecidos aos funcionários, centralizando toda a gestão em uma plataforma exclusiva. A abordagem inovadora e centrada no usuário reflete a visão de Manoela sobre a importância de simplificar o acesso aos cuidados com a saúde.

Taci Pereira – Systemic Bio

Natural de Curitiba, Brasil, a carreira de Taciana Pereira na ciência começou na Universidade de Harvard com um Bacharelado em Ciências. Desde então, seu foco tornou-se a bioprinting 3D como uma solução para o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos para doenças graves.

Com um problema em mente, Taci foi movida a inovar. Em média, a indústria farmacêutica leva 12 anos para descobrir e desenvolver um medicamento, desde os ensaios clínicos até as aprovações regulatórias. Além disso, nove em cada dez medicamentos testados em animais falham em humanos.

Pereira então fundou a Systemic Bio, uma plataforma para acelerar a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos usando dados relevantes de tecidos bioprintados, chamada de Plataforma de Sistemas de Órgãos Integrados Vascularizados. Ela tem uma equipe de 37 cientistas e engenheiros trabalhando em uma IA preditiva para insights terapêuticos, como eficácia de células no combate a tumores, terapias gênicas, previsão de toxicidade de tumores no alvo e fora dele, entre outros.

Os dados gerados a partir dos modelos de tecidos podem ser usados para treinar algoritmos de aprendizado de máquina e criar modelos computacionais de todas as funções corporais, fornecendo rapidamente insights sobre se uma nova terapia funcionará ou não para humanos.

Daniel Dahis – Biodevek

Com uma carreira focada na interseção da engenharia biomédica e doenças humanas, Daniel Dahis tem a inovação como seu interesse principal. Em sua colaboração de doutorado com o Israel Institute of Technology (Technion) e a Harvard Medical School, ele fez parte da pesquisa e criação de novos métodos para detectar e monitorar vários tipos de tumores malignos. Suas descobertas foram tão relevantes que foram amplamente publicadas nos Estados Unidos, incluindo pela MIT Press e pelo Wyss Institute de Harvard.

A notoriedade de Dahis levou ao convite para se juntar e liderar todo o departamento de desenvolvimento científico da Biodevek, uma startup fundada no incubadora do MIT que está desenvolvendo o GastroShield, um tipo de “Band-Aid” para lesões gastrointestinais. A inovação é um biomaterial bioadesivo que pode ser pulverizado sobre lesões através de um cateter dentro de um endoscópio. Em contato com o tecido, o GastroShield forma uma barreira e facilita o processo de cicatrização natural da ferida.

Testes pré-clínicos mostram a capacidade do biomaterial de reduzir o tempo dos procedimentos e melhorar a recuperação dos tecidos. Daniel está confiante de que a versatilidade da inovação será aplicada a outros procedimentos, revolucionando a gestão de feridas em muitas especialidades.

Arthur Lima – AfroSaúde

Quando a inovação é movida pela diversidade e inclusão, soluções como a de Arthur Lima se destacam. Inspirado pela experiência de discriminação de um amigo, ele desenvolveu a AfroSaúde, uma startup de saúde que conecta pacientes com a maior rede de profissionais de saúde negros no Brasil.

Combinando sua experiência em comunicação corporativa com foco em empreendedorismo e o conhecimento de seu parceiro no setor de saúde, a plataforma foi criada para promover equidade e acesso a serviços especializados e culturalmente sensíveis de sua rede diversificada de especialistas em saúde.

Com 2.000 profissionais atualmente a bordo, a AfroSaúde simplifica toda a jornada do paciente—desde o registro e busca por especialistas até o pagamento e agendamento de consultas, seja presencial ou remotamente. O modelo de negócios B2C envolve uma porcentagem das taxas de consulta, mas o plano de Arthur é lançar o Sankofa em 2024, um plano de assinatura de saúde e bem-estar que oferece aos pacientes um desconto de 20% nas consultas e benefícios como a compra de medicamentos à base de CBD.

A partir de uma dor que nunca deveria existir, a visão de Arthur Lima para a inovação estabeleceu uma rede de saúde segura que garante acesso abrangente e equitativo a serviços médicos de qualidade para a comunidade negra. Por meio da AfroSaúde, ele não apenas aborda uma necessidade crítica, mas também pavimenta o caminho para um sistema de saúde mais inclusivo e justo no Brasil.

Negócios

Heloisa Passos de Sousa – Trexx

Heloísa Passos transformou sua paixão por jogos em um negócio. A primeira de sua família a ir para a faculdade e a viajar para o exterior, Heloísa fundou uma fintech movida pelo desejo de garantir que as oportunidades não parassem com ela. Assim nasceu a Trexx, com a missão de possibilitar o acesso financeiro e de crédito para a Geração Z e gamers.

Com graduação em Design de Animação Multimídia e pós-graduação em Gestão na Economia Criativa pela Escola de Belas Artes de São Paulo, Passos desenvolveu um ecossistema para a gestão e liquidez de ativos de jogos, como personagens, equipamentos, itens e tokens. Seu principal objetivo foi criar uma interface simplificada para que os usuários transformem esses ativos em dinheiro real.

Por trás das câmeras, a Trexx rastreia todas as informações na cadeia e as consolida com Inteligência Artificial para gerar perfis de crédito para instituições financeiras.

Como gamer, Heloísa acredita na interseção entre tecnologia, finanças e jogos para desbloquear o potencial de acesso a oportunidades no Brasil, onde 43% dos jovens atingem a maioridade já endividados.

Nathan Janovich – Rentbrella

Uma chuva inesperada em um dia comum ao sair do metrô inspirou Nathan Janovich a inovar. Sem um guarda-chuva, ele viu uma estação de compartilhamento de bicicletas e conectou as situações: por que não aplicar o mesmo sistema para disponibilizar guarda-chuvas em tais situações? Essa ideia levou à criação da Rentbrella.

Presente em cidades como São Paulo, Nova York e Londres, a empresa oferece um serviço projetado para ser simples e acessível. Por meio do aplicativo, os usuários podem localizar as estações mais próximas e usar o serviço gratuitamente por 24 horas. Após esse período, é cobrada uma taxa de R$2 por dia até que, após três dias úteis, a empresa considera que o usuário reteve o guarda-chuva e cobra uma taxa de R$34.

O modelo de negócios da Rentbrella está dividido em dois segmentos: City Share e On Demand. No City Share, marcas podem patrocinar esse ecossistema de compartilhamento de guarda-chuvas, enquanto o On Demand foca na mobilidade e proteção de funcionários e clientes de empresas e indústrias.

Uma ideia em um dia comum transformou Nathan em um pioneiro no desenvolvimento de soluções de compartilhamento para cidades inteligentes. Hoje, a empresa estabeleceu um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, onde novas tecnologias estão sendo desenvolvidas para aprimorar o serviço da Rentbrella.

Danielle Caroline Marques Pereira – Do Silêncio ao Silício

Nascida e criada nos subúrbios de Ribeirão Preto, em São Paulo, a analista de inclusão e diversidade Danielle Caroline Marques Pereira cumpriu uma missão: levou dez empreendedores negros ao principal hub de inovação do mundo. Sua experiência como a única mulher negra entre 70 visitantes no Vale do Silício a levou a criar “Do Silêncio ao Silício”, um projeto que reflete sua missão de ampliar as perspectivas negras no ecossistema de tecnologia e inovação.

Crescida em um ambiente de mulheres empreendedoras, Danielle desenvolveu o projeto para abordar uma descoberta significativa de sua pesquisa na Universidade de Brasília: dos 53% de empreendedores negros no Brasil, apenas 5,8% atuam no setor de tecnologia.

Baseado nos pilares da educação, networking e experiência, o projeto selecionou dez empreendedores negros para uma imersão de duas semanas no Vale do Silício. Durante esses 15 dias, o grupo visitou as sedes das maiores empresas de tecnologia do mundo e participou de palestras e workshops para que, ao retornarem, pudessem orientar mais jovens negros interessados em iniciar um negócio no mercado de tecnologia. A oportunidade também permite que melhorem suas chances de levantar fundos para seus negócios.

A equipe do projeto monitorará e orientará os participantes por um ano após a viagem. A visão de Danielle Caroline não apenas proporciona uma nova perspectiva para empreendedores negros, mas também fortalece a inovação inclusiva no Brasil e no mundo.

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Inteligência Artificial

Matheus Farias – iOwIT

Aos 26 anos, com projetos científicos que lhe renderam três prêmios internacionais, Matheus Farias uniu duas de suas paixões em um único projeto: Inteligência Artificial e ciência básica. Ele fundou a iOwlT, um sistema de geolocalização sonora baseado em IA que detecta disparos de armas de fogo.

Em 2018, 71% dos homicídios no Brasil foram cometidos com armas de fogo. O sistema criado por Farias é inspirado no sistema de localização natural das corujas, como reflete o nome da empresa. A tecnologia utiliza redes neurais, filtragem adaptativa e processamento em tempo real em FPGAs para rastrear eventos sonoros geograficamente e depois determinar a posição dos atiradores em um aplicativo móvel via conexão bluetooth.

O sistema foi treinado em parceria com o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) do Brasil, e os resultados foram impressionantes. De 10 alertas emitidos pelo sistema, 9 eram, de fato, disparos de armas. Olhando para o futuro, Matheus imagina seu sistema integrado aos sistemas de segurança do governo federal para grandes eventos e patrulhas diárias em veículos policiais.

Guilherme Baggio Zuanazzi – Aprix

Guilherme Baggio Zuanazzi é engenheiro de produção e candidato ao grau de Admitted Degree na Harvard Extension School, onde está cursando um MLA com foco em Ciência de Dados. Ele é a mente por trás da Aprix, uma Inteligência Artificial projetada para resolver os desafios da precificação de produtos.

A empresa é a responsável pelo desenvolvimento de um software capaz de otimizar o trabalho das equipes dedicadas ao processo de precificação e tomada de decisões para produtos, utilizando IA, grandes conjuntos de dados e modelos matemáticos robustos, a partir da integração com o ERP das indústrias e da coleta de dados de mercado.

O objetivo da empresa é atender grandes corporações que lidam com decisões de precificação complexas. Paralelamente, a Aprix desenvolve iniciativas para auxiliar o mercado a acelerar seu processo de amadurecimento, como o Aprix Journal, periódico especializado em precificação, e o Aprix Connect, evento nacional anual de precificação para a indústria.

Pedro Henrique Braz Silva – BlackDeal

Nascido em Goiânia e com diploma em Engenharia Civil, Pedro Henrique Braz Silva, de 28 anos, é formado em Private Equity & Venture Capital na Harvard Business School.

Ele é a mente por trás da BlackDeal, uma fintech movida por Inteligência Artificial que conecta o mercado de capitais com empresas de médio porte, com o objetivo de promover assertividade e celeridade no processo de captação de recursos.

A empresa monitora ativos em tempo real, atendendo empresas de médio porte, bancos, investidores institucionais e fundos de investimento em busca de melhores oportunidades no mercado.

A startup contribui desde o fechamento eficiente de negócios entre o mercado de capitais e empresas e liberação de recursos; até o monitoramento de recursos em tempo real.

ESG

Renato Paquet – Polen

Dada a realidade da geração de resíduos no Brasil, Renato Paquet viu a oportunidade de fundar a Polen, uma empresa cleantech que transforma esses resíduos em matérias-primas e realiza logística reversa para mais de 1.200 empresas no Brasil e em oito outros países.

Formado em Ecologia com ênfase em Ecologia Industrial e Gestão pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Renato desenvolveu uma solução que foi adotada como padrão nacional pelo Ministério do Meio Ambiente.

Essa solução consiste em um mecanismo baseado em blockchain que traz total transparência à cadeia de reciclagem para um sistema público, especificamente focado em embalagens.

Em um contexto onde a sociedade demanda cada vez mais soluções sustentáveis, a Polen foi a primeira empresa na América Latina a trabalhar com rastreabilidade na cadeia de materiais recicláveis usando a lógica da economia circular, redefinindo a forma como pessoas e empresas lidam com seus resíduos.

Fabiane Kuhn – Raks Agricultural Technology

Ainda muito jovem, Fabiane Kuhn queria mudar o mundo e impactar positivamente a sociedade. Enquanto estudava eletrônica no ensino médio, ela desenvolveu um projeto de pesquisa: um sensor de umidade do solo para auxiliar decisões agrícolas sobre irrigação.

O reconhecimento levou Fabiane e seu grupo de pesquisa a fundar a Raks Agricultural Technology. O objetivo era usar esse sensor para produzir mais alimentos com menos recursos. O sistema consiste em sensores TDR de alta precisão que monitoram constantemente a umidade do solo. Os dados coletados vão para uma plataforma digital,  acessível via computador ou smartphone.

A inovação permite que os produtores visualizem dados em tempo real e recebam recomendações de irrigação. Isso facilita o gerenciamento da água e aumentando a eficiência das operações agrícolas.

Um background técnico em eletrônica e ciência da computação ajudou Kuhn a cumprir sua missão, mas seu desejo de transformar o mundo é o que garantiu seu sucesso, trazendo-lhe nove prêmios da indústria. Hoje, sua criação contribui para o ecossistema agrícola brasileiro, presente em 13 estados e atendendo mais de 25 plantações diferentes.

Katrine Scomparin – naPorta

Com uma formação acadêmica em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais, a paixão de Katrine Scomparin por Inovação e Tecnologia a levou a fundar a naPorta. A empresa atua como uma firma de tecnologia logística (logtech), possibilitando entregas de compras online em comunidades restritas e favelas no Brasil.

O contexto apresentou uma oportunidade. Uma pesquisa Data Favela revelou que 70% da população brasileira em áreas periféricas havia parado de comprar itens porque as entregas não chegavam aos seus endereços, apesar de essa demografia gerar cerca de R$ 220 milhões por ano.

O serviço criado por Scomparin e seus parceiros opera como LaaS (Logística como Serviço) e se conecta com varejistas e transportadoras para fornecer serviços como entrega programada, operações interestaduais e logística reversa. A operação de cross-docking redistribui mercadorias para agências localizadas nas periferias de cada comunidade.

Presente em mais de 200 favelas entre Rio de Janeiro e São Paulo, a naPorta já impactou cerca de 6 milhões de pessoas com mais de 600 mil entregas. Como CMO da empresa, Katrine e seus parceiros tornaram possível o acesso e a conveniência para comunidades brasileiras.

Artes

Gabriel Guimarães – Contato-01

Gabriel Guimarães é estudante de Engenharia Eletrônica na Universidade Federal do Rio de Janeiro com experiência no desenvolvimento de sistemas embarcados. Sua paixão pela música se alinha com sua expertise, motivando-o a democratizar o acesso à produção musical e inspirar uma nova geração de artistas.

Ele então criou o “Contato-01”, que investiga a relação entre partituras musicais e elaboração cênico-coreográfica.

Em colaboração com outro professor, ele coordena um grupo de 12 estudantes de pesquisa de diversos cursos, como Dança, Música e até Engenharia. O trabalho deles consiste no desenvolvimento de um instrumento musical para ser dançado.

Por meio do “Contato-01”, o grupo de pesquisa busca criar poesia envolta em arte, ciência e tecnologia. O objetivo é expandir as opções de interpretação na dança e na música com a ajuda da ciência.

Victor Catta Preta de Toledo – Sinergia Criativa

Victor Catta Preta de Toledo, 25 anos, é designer de comunicação com um crescente interesse em inteligência artificial e sua relação com a criatividade. À medida que se aprofundou na inteligência digital, Victor viu a colaboração para o livro “Fronteiras Inteligentes” como uma oportunidade para inovar na criação das capas dos capítulos.

Foi assim que a metodologia Sinergia Criativa foi criada. Combinando IA e criatividade para superar desafios de tempo e recursos em projetos criativos, o framework criado por Toledo vai além. Ele explora a co-criação com várias IAs de texto e imagem, incluindo ChatGPT, Gemini, MidJourney e Adobe Firefly.

O processo é estruturado em várias etapas, desde a análise e resumo do conteúdo, criação de um slogan, identificação de palavras-chave, visualização detalhada, conhecimento humano até a produção e seleção da arte final. Para o futuro, Victor busca abrir novas possibilidades para design e narrativa visual.

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Vencedores do Innovators Under 35 Brasil - 2024

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