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À medida que empresas ampliam a adoção de Inteligência Artificial (IA), a necessidade de equilibrar inovação e prudência na governança se torna cada vez mais evidente. O potencial da IA generativa para aumentar a produtividade nos negócios tem contagiado empresas e profissionais em todo o mundo. Por outro lado, por trás do entusiasmo crescente, líderes apontam dificuldades para as empresas perceberem e medirem o valor total da tecnologia.
Isso é o que aponta o estudo “Generative AI Challenges and Potential Unveiled: How to Achieve a Competitive Advantage”, realizado pela Coleman Parkes Research Ltd. com patrocínio do SAS. Foram ouvidos 300 tomadores de decisão nos EUA sobre os desafios e oportunidades enfrentadas ao implementarem a IA generativa em suas organizações. A pesquisa apontou para a adoção entusiasmada da tecnologia nas companhias norte-americanas, que vislumbram um aumento significativo na produtividade empresarial e dos colaboradores.
Ao todo, 83% das empresas americanas estão investindo em IA generativa para o biênio 2024-2025, com muitas delas planejando implementações em nível empresarial. A adesão está ocorrendo em diversos departamentos, desde vendas até TI e produção. O estudo ainda mostra que mais da metade das empresas já conta com políticas de uso da IA generativa para seus funcionários, refletindo um esforço em padronizar e assegurar o uso ético e seguro dessa tecnologia.
No entanto, essa adoção enfrenta desafios, como a falta de uma estrutura de governança abrangente, com 93% dos entrevistados admitindo essa carência, e uma preparação inadequada para conformidade regulatória, com apenas 10% das organizações sentindo-se preparadas. Além dessas questões de governança e conformidade, o relatório revela problemas de integração da IA generativa em sistemas e processos existentes, uma escassez de talentos internos, e custos diretos e indiretos considerados proibitivos. Assim, sublinha ainda a importância de uma estratégia progressiva antes da implementação total da tecnologia, para evitar problemas de qualidade e conformidade mais tarde, ressaltando a necessidade de equilibrar o potencial transformador da tecnologia com uma supervisão meticulosa e uma implementação cuidadosa.
“As organizações estão percebendo que grandes modelos de linguagem por si só não resolvem os desafios de negócios”, afirma Marinela Profi, líder da estratégia global de IA do SAS, durante o SAS Innovate, evento que reuniu executivos de todo o mundo entre os dias 16 e 19 de abril em Las Vegas, nos Estados Unidos. A implementação da tecnologia e seus desdobramentos estiveram entre os temas mais debatidos do evento.
Marinela ponderou que a IA generativa deve ser tratada como uma ferramenta ideal para a hiperautomação e para a aceleração dos processos e sistemas existentes, e não como algo que ajudará as organizações a realizar todas as suas aspirações de negócios: “Desenvolver uma estratégia progressiva e investir em tecnologias que garantam integração, governança e explicabilidade dos Large Language Models (LLMs) são etapas essenciais que todas as organizações devem seguir antes de se comprometerem totalmente e enfrentarem o risco de ficarem presas em soluções inadequadas”, defende.
Segundo Marinela, tudo se resumirá à identificação de casos de uso do mundo real que ofereçam o maior valor e resolvam as necessidades humanas de forma sustentável e escalonável. Ela acrescenta: “Por meio desse estudo, continuamos nosso compromisso de ajudar as organizações a se manterem relevantes, investirem seu dinheiro com sabedoria e permanecerem resilientes. Em uma era em que a tecnologia de IA evolui quase diariamente, a vantagem competitiva é altamente dependente da capacidade de adotar as regras de resiliência.”
É nesse contexto que, ao longo do evento, o SAS, líder em dados e IA, anunciou que está aprimorando sua plataforma SAS Viya com a introdução de novas ferramentas como assistentes de IA generativa, um novo gerador de dados sintéticos denominado SAS Data Maker, e uma plataforma inovadora para desenvolvedores chamada SAS Viya Workbench.
Aplicações práticas de IA generativa que oferecem benefícios tangíveis
Brian Harris, vice-presidente e CTO do SAS, enfatizou como a integração da IA em operações diárias está transformando a forma como as empresas abordam tanto a análise de dados quanto a tomada de decisões. Segundo ele, o enfoque está em ultrapassar o hype e explorar aplicações práticas que ofereçam benefícios tangíveis para os clientes. “Antigamente, as organizações que usavam Inteligência Artificial tinham que desenvolvê-la internamente. Hoje, nossos clientes querem integrar a IA o máximo possível em seus negócios para otimizar operações”, lembrou o executivo.
O vice-presidente destacou que a plataforma Viya permite às organizações integrarem poderosos modelos de linguagem em seus processos de negócios, e que isso vai possibilitar a orquestração desses modelos para criar agentes e modelos de IA personalizados que executam tarefas específicas com resultados explicáveis e segurança reforçada. Ele apresentou ainda o Viya Copilot, que atua como um assistente pessoal para desenvolvedores, cientistas de dados e usuários corporativos, ajudando a acelerar diversas tarefas de negócios com ferramentas avançadas para geração de código, limpeza de dados e análise de lacunas de conhecimento.
Durante o SAS Innovate, Marinela Profi apresentou casos específicos em que a IA generativa já está sendo utilizada para otimizar processos de produção e manufatura. Um exemplo citado foi a colaboração com a Georgia Pacific, que utiliza IA para otimizar suas operações de planta, fazendo ajustes em tempo real que melhoram significativamente a eficiência da produção. Profi destacou que essas aplicações não só exemplificam o potencial da tecnologia, mas também reforçam o compromisso do SAS com a inovação responsável e orientada ao cliente.
Já o CEO do SAS, Jim Goodnight, mencionou que os desafios enfrentados pelas empresas, como recessão econômica, tensões na cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra, podem ser convertidos em oportunidades por meio de análises específicas da indústria. Com investimento de US$ 1 bilhão em soluções setoriais baseadas em IA, o SAS reforça seu apoio a empresas que utilizam IA, machine learning e advanced analytics para combater fraudes, gerenciar riscos e melhor atender clientes e cidadãos, mantendo um firme compromisso com a inovação e oferecendo as melhores soluções analíticas do mercado.
Mike Blanchard, vice-presidente de martech, falou sobre a evolução das ferramentas de marketing assistidas por Inteligência Artificial. Blanchard explicou como as novas funcionalidades permitirão aos profissionais de marketing criarem campanhas mais eficazes, usando IA para gerar linhas de assunto de e-mails e conteúdo personalizado que aumentam a taxa de abertura e conversão. Segundo ele, essa inovação representa um salto significativo em direção a uma personalização mais inteligente e automatizada nas estratégias de marketing digital.
Além das discussões sobre IA generativa, o SAS Inovate também abordou a expansão da oferta de hospedagem gerenciada da empresa para a Amazon Web Services (AWS), complementando as já existentes com a Microsoft Azure. Essa expansão é vista como um passo estratégico para fornecer mais opções aos clientes do SAS, permitindo-lhes operar em uma “nuvem de escolha”. A mudança visa facilitar a integração e o gerenciamento de softwares, garantindo que os clientes possam executar suas operações de forma mais eficiente e em conformidade com as regulamentações vigentes.
“Projetamos o SAS Managed Services para oferecer aos nossos clientes o melhor do SAS: nosso software, serviços, suporte e experiência”, diz Jay Upchurch, vice-presidente executivo e CIO do SAS. “O crescimento que temos visto nos últimos anos é a prova de que está funcionando, e estamos entusiasmados em trazer a experiência completa do SAS Managed para nossos clientes AWS. Isso significa que estamos permitindo que ainda mais de nossos clientes obtenham o melhor que o SAS tem a oferecer, da maneira que funciona melhor para eles, na nuvem de sua escolha.”