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A evolução da tecnologia e a crescente disponibilidade de dados oferecem às empresas a oportunidade de tomar decisões baseadas em evidências concretas. Assim, as iniciativas de expansão de um negócio se tornam mais seguras e eficientes. No entanto, para que essas estratégias funcionem de forma adequada é preciso fomentar uma cultura Data Driven dentro da organização. Ou seja, cada vez mais a expansão deixa de ser um processo baseado apenas em intuição e experiência, e passa a utilizar dados reais para orientar tomadas de decisão.
Vale ressaltar que esse “feeling” na hora de conduzir as estratégias de negócios não é algo necessariamente ruim, mas um processo que pode ser refinado com o uso de informações relevantes para ajudar o empresário a ter mais segurança na hora de definir os próximos passos de sua empresa. Em um processo de expansão, o uso dos dados ganha ainda mais importância, uma vez que uma estratégia malsucedida, pode provocar prejuízos significativos.
O primeiro passo para a expansão de um negócio é investir em um conhecimento mais aprofundado sobre quem, de fato, é o consumidor que se deseja alcançar. Uma das metodologias mais utilizadas nessa análise é o ICP, sigla para Ideal Customer Profile, que, em tradução livre para o português, significa Perfil de Cliente Ideal. Esse índice mede o perfil desse cliente utilizando como base atributos demográficos, ambientais e comportamentais. Diferentes aspectos são relevantes nessa busca, desde dados de perfil a informações geográficas usadas para identificar regiões de alto potencial.
Jean Russi, Enterprise Account Executive na Zoox Smart Data, destacou que essas estratégias podem ser aplicadas em organizações de diferentes setores, desde o varejo a empresas prestadoras de serviço no geral. “Em qualquer tipo de empreendimento que envolva expansão, os dados assumem um papel fundamental e podem apoiar todo o processo para que ele seja bem-sucedido. Quem vai definir a estratégia é a organização (CEO/Diretores), mas os dados vão dar o direcionamento de como é o mercado local e qual o público que se encontra naquela região. A partir disso, a empresa vai conseguir tomar uma decisão mais clara e assertiva.”
Como aplicar a análise de dados na tomada de decisões
Quando se fala em dados, muitas vezes, tende-se a pensar nas informações de maneira isolada. Na prática, no entanto, analisar um único dado ou diversos dados isolados que não conversam entre si não é suficiente para garantir boas decisões. Ao fazer uma busca no Google, por exemplo, e olhar para um dado bruto, que pode ser a quantidade populacional em uma região ou a renda média das pessoas que vivem naquele lugar, essas informações por si só não vão ter tanto valor quanto ter esses dados estruturados em um único local, onde você pode fazer análises comparativas.
No geral, boa parte dos dados não são estruturados. Ou seja, são informações provenientes de diferentes fontes que não são padronizadas, tampouco integradas em um sistema único capaz de cruzar essas informações e entregar análises mais completas. Isso tanto para os dados externos, quanto para aquelas informações que vêm dos diversos setores da empresa. No entanto, hoje já existem opções de ferramentas analíticas capazes de conectar todas essas fontes e fazer com que informações distintas convirjam entre si de forma consolidada.
A tecnologia já viabiliza soluções capazes de realizar essa tarefa de cruzamento de dados, conectando diferentes tipos de informação em tempo real para que as empresas possam não só atender melhor ao seu público, mas também identificar novos perfis e clientes em potencial para fazer parte de sua carteira.
As organizações também devem ter um olhar atento para a confiabilidade das informações. Afinal, um dado não tem valor se não é possível confiar em sua qualidade. Uma forma de assegurar essa confiabilidade é investir em um processo de qualificação, que é composto por diferentes etapas, incluindo a captura, tratamento, qualificação e cruzamento com diversas fontes. “Quando falamos de uma informação, seja um indicador econômico, um dado proveniente de fonte pública ou privada, fazemos um cruzamento dessas informações. Ou seja, olhamos diversas fontes e fazemos uma análise comparativa delas para que esse dado se transforme em uma informação única e confiável”, exemplificou Russi.
Geoanalytics, Geomarketing e a expansão do negócio
Outros dois elementos que entram nesse contexto para reforçar essas estratégias e garantir que a expansão do negócio seja concluída de maneira eficiente são o Geomarketing e o Geoanalytics.
Geoanalytics, nada mais é do que uma ferramenta utilizada para auxiliar a tarefa de organização desses diversos dados em forma de mapa. “Nós temos informações de toda a população brasileira e de todas as empresas do Brasil, e conseguimos segmentar essas informações para fazer análises”, disse Russi. Já o Geomarketing refere-se, justamente, ao modo como esses dados referenciados podem apoiar as estratégias de marketing baseadas nessas informações. Na prática, o Geomarketing pode usar esses dados para promover campanhas, estudos e estratégias de comunicação, criar audiências e personalizar a experiência.
“Aqui na Zoox nós chamamos esse processo de hipersegmentação. Ou seja, eu vou hipersegmentar a minha audiência para fazer um trabalho quase que personalizado. Toda vez que eu me comunicar, por exemplo, com o cliente, eu vou saber as preferências dele, o que é importante para ele e o que não é importante para não errarmos nessa abordagem.”
Todo esse processo também contribui para o trabalho de determinar possíveis tendências e planejar os próximos passos da organização. Toda essa inteligência permite que as empresas tenham um raio X do mercado e identifiquem quais serão os possíveis objetos de desejo do seu público em um momento futuro. Isso ajuda a aumentar o tamanho do mercado endereçável da empresa, causando reflexos, inclusive, no aumento das vendas, do faturamento e do negócio como um todo.
Inteligência Artificial e dados no processo de expansão de negócios
O fator tecnológico também influencia todas essas decisões. Embora seja difícil fazer uma aposta precisa sobre quais tecnologias emergentes vão moldar essas regras e como elas vão influenciar as dinâmicas do mercado, cada vez mais os empresários percebem a aplicação de novas soluções, como as de Inteligência Artificial no dia a dia das organizações. Até pouco tempo atrás, a IA parecia mais um discurso futurista do que uma tecnologia que poderia provocar mudanças significativas no ambiente empresarial. Mas, nos últimos anos ela têm evoluído e se tornado cada vez mais requisitada.
Não raro, companhias de diferentes segmentos recorrem a esse tipo de ferramental para analisar dados e basear suas decisões. Para Jean Russi, as empresas que conseguirem aplicar isso no dia a dia o quanto antes, ou seja, acelerar esse processo da aplicação da IA, vão sair à frente e ganhar mais relevância no mercado.
“Essas empresas terão chances maiores de ter sucesso nos seus negócios, seja em expansões de aumento de lojas, aumento de operação, ou qualquer outro desafio que elas estejam passando. E vale destacar aqui que essas informações não servem só para uma análise de expansão, mas para várias atividades no mundo empresarial.”
Atualmente, o mercado já conta com várias ferramentas e soluções robustas que podem ser exploradas em todo o processo de expansão. Anos atrás era praticamente impossível pensar em formas automatizadas de fazer uma análise rica de dados em tempo real. Mas hoje, soluções de Geoanalytics já viabilizam esse tipo de estratégia.
Para seguir nesse caminho, é preciso parceiros de negócios confiáveis que já dominem essas tecnologias e tenham maturidade para desenvolver essas estratégias. Iniciar a construção desse tipo de inteligência internamente, de maneira autônoma, pode ser mais difícil. Por isso, ter um parceiro estratégico que já está dentro desse ecossistema e tem expertise para atuar nesse mercado pode fazer a diferença na obtenção de retornos mais rápidos e um sucesso maior do que a organização obteria trabalhando de forma mais isolada.
“As empresas precisam buscar fornecedores de dados de inteligência que tenham um grande knowhow no mercado para que alcancem mais sucesso na implementação e, principalmente, na execução desse tipo de projeto, que não é um projeto simples, mas possível de ser desenvolvido e que, com certeza pode ajudar muito o dia a dia do executivo, do diretor, do empresário, para ser mais rentável e mais lucrativo”, pontuou Russi.