Alguns pesquisadores apontam interesse crescente em abordagens orientadas às práticas de ESG em empresas de diferentes segmentos, especialmente nos últimos dez anos. De maneira geral, existe um entendimento de que os executivos e profissionais de alta liderança são os mais engajados com essas questões. Mas como essas ações são percebidas pelos demais funcionários? O TEC Institute se propôs a investigar como as empresas brasileiras estão investindo em práticas ESG pela ótica dos colaboradores.
O termo ESG, que surgiu em 2004 quando apareceu pela primeira vez no relatório “Who Cares Wins”, do Banco Mundial, refere-se a um conjunto de práticas que visam fortalecer o compromisso das organizações com valores ambientais, sociais e de governança.
Por mais que a adoção dessas ações tenha de fato evoluído, questões relacionadas à transparência, cultura organizacional, integração de práticas sustentáveis, entre outras ainda podem ser um desafio para muitas empresas. Mas investir em ESG é atraente para os investidores, e as empresas a se tornarem mais resilientes a crises e alinhadas com as expectativas da sociedade.
A pesquisa do TEC Institute, agora divulgada pela MIT Technology Review Brasil, utilizou a Escala Likert, com respostas classificadas de 1 a 5, onde 1 significa “discordo totalmente” e 5 “concordo totalmente” para mapear a percepção dos colaboradores. As respostas foram analisadas individualmente e depois correlacionadas, com o intuito de verificar quais práticas são integradas em empresas de diferentes setores.
A pesquisa foi respondida por 108 pessoas de diferentes perfis, por meio de um formulário online com perguntas objetivas. Os profissionais atuam em diferentes setores, como Serviços Financeiros, Educação e Saúde; Agricultura, Mineração e Recursos; Serviços Profissionais e Outros; TIC; Comércio e Serviços de Hospitalidade e Indústria e Construção.
Do total de respondentes, apenas 22,2% avaliam o desempenho geral da sua empresa em termos de práticas de ESG como “muito bom” ou “excelente”. Outro ponto que chama atenção é que grande parte das organizações (74,6%) não tem nenhuma certificação de sustentabilidade ou ESG, como as certificações GRI e B-Corp.
Os resultados foram compilados em um relatório exclusivo, que também apresenta alguns insights obtidos a partir das correlações geradas durante o processo de análise dos resultados da pesquisa.