O enigma da Inteligência Artificial para o Marketing, desvendado – V
Inteligência artificial

O enigma da Inteligência Artificial para o Marketing, desvendado – V

Há inúmeros usos da Inteligência Artificial para o Marketing. Neste quinto e último artigo de uma série de 5, vamos abordar o último galho da árvore.

Hoje, Visual AI.

O Visual AI é, sem dúvida, o mais intrigante, fascinante, envolvente e belo galho da nossa árvore que nos acompanhou ao longo desta série. Por motivos óbvios: enquanto os demais recursos atuam nos bastidores, o Visual AI está, literalmente, à vista. Enchendo nossos olhos e todos os nossos sentidos de forma imersiva, envolvente e definitiva, como nenhum outro dos usos de AI para Marketing consegue fazer.

Vamos aqui explorar os pontos mais aparentes desse caleidoscópio tridimensional. Aqueles que podem ser e, de fato, já estão sendo, os usos mais imediatos dos recursos visuais da AI para o ambiente e os negócios do marketing.

Os Criativos Dinâmicos são um desses pontos mais aparentes.

A partir de uma seleção inicial de imagens e textos, a máquina recompõe esses elementos em um sem fim de variações, automatizadamente. Em segundos, é possível criar centenas de novas imagens/peças e cada qual pode ser destinada a públicos segmentados e administradas de forma programática, medindo resultados de cada uma delas e alterando suas propriedades para otimizar performance recorrentemente.Para o marketing em geral, mas mais particularmente para o varejo, é uma maravilha.

Outros dois recursos igualmente em destaque diante das nossas retinas são a dupla AR/VR. A realidade aumentada e a realidade virtual são uma tendência emergente nas estratégias de marketing e vendas, que permitem às marcas dar aos seus clientes experiências tridimensionais únicas.

Virtual Reality usa equipamentos especiais, os óculos que já conhecemos bem, para criar ambientes absolutamente imersivos e ali tudo, tudo mesmo, pode acontecer. Depende apenas da criatividade da marca e de sua agência. Demonstração de produtos e simulação de experiências na vida real são as utilizações mais comuns.

Já a Augmented Reality se integra mais ao real sem a necessidade dos equipamentos especiais, bastando um triger, que pode ser um QR Code, por exemplo,colocado em qualquer superfície, para que, a partir do mundo físico real, sejamos transportados para o mundo digital online. Esse recurso nos coloca na ambígua situação de estarmos diante de imagens concretas da realidade aqui fora, tendo embedadas nela uma realidade virtual absolutamente criada no âmbito digital, com auxílio de AI. A narrativa de marcas e produtos ganha recursos enriquecidos e as fronteiras entre o real e o virtual se dissolvem.

VR / AR estão já se tornando, aos poucos, mas consistentemente, num dos tipos de |I mídia mais relevantes e envolventes, por meio da qual os consumidores interagem com as marcas e são auxiliados em suas decisões de compra. Produtos ganham forma, variedades de usos são demonstradas, modelos são adaptados, narrativas inteiras podem ser construídas com os dois recursos.

Um dos maiores desafios do marketing online é a criação de novos conteúdos. Para isso, os recursos de Visual AI, mais especificamente os utilizados com os recursos da visão computacional, as chamadas Generative Adversarial Networks, podem ajudar.

As GANs podem criar conteúdo visual hiper-realista, incluindo vídeos, fotos e modelos 3D. Ela permite que se transforme qualquer imagem em diferentes alternativas visuais correlatas, inserindo dados sobre as imagens no sistema e permitindo que ele gere outras imagens tão reais quanto a original, mas alteradas em posições e ângulos diversos.

Um uso até que não tão disseminado assim, mas que deverá, sim, correr por fora e ir acompanhando de alguma forma as tendências mais claras de Visual AI para marketing é a de Visual Search. Com ajuda de algoritmos e Machine Learning, vamos fazer buscas por imagens e ela poderá vir a ser, em algum dia, mais atraente e, quem sabe, utilizada, do que a própria busca convencional por palavras-chave. O varejo deve se beneficiar demais disso. Veja o gráfico abaixo sobre como os varejistas pensam sobre o tema.

Ainda no ambiente da visão computacional, além do reconhecimento de objetos, mas de alguma forma associado a ele, temos a possibilidade de AI e a visão computacional identificar imagens em vídeos digitais e agir sobre elas, enriquecendo com informações adicionais aquilo que vemos ou acompanhamos em movimento. Por exemplo, é possível acompanhar um jogador de futebol em movimento numa partida e atribuir a ele uma série de estatísticas de desempenho, enriquecendo as transmissões esportivas de uma forma absolutamente inusual e rica. É ainda possível identificar objetos em qualquer momento da programação e conteúdos exibidos na mídia, o que permite às marcas acompanhar a exibição e desempenho de seus comerciais ou ações de product placement. Recursos algo inéditos até há bem pouco tempo e que devem ter seu uso crescente já em 2021.

Face Recognition é outro dos ramos da Visual AI que pode auxiliar no marketing transacional das empresas. Ao reconhecer com precisão absoluta as faces de consumidores é possível ter com eles uma relação marca/produto/oferta/relacionamento absolutamente individualizada e personalizada, otimizando o desempenho das mensagens e de toda a conversação de marketing em direção a engajamento e vendas.

Os avanços nos algoritmos de análise facial agora são poderosos também o suficiente para avaliar as expressões faciais dos consumidores e medir suas emoções.

Aprender sobre a atenção e as emoções do consumidor agora é uma prioridade nos negócios. Usando a tecnologia de detecção de emoções, as marcas podem medir o tráfego de pessoas, prever a receita de vendas e ajustar suas estratégias de marketing.

Como se vê, o mundo do Visual AI para marketing é, conceitualmente, sem fim. Uma viagem única. E que deverá nos envolver a todos mais e mais de agora em diante. Fique, literalmente, de olho.

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