Os tokens não-fungíveis, mais conhecidos como NFTs, vêm movimentando o mercado internacional e conquistando espaço entre diversos setores econômicos. Principalmente no setor artístico. Desde que começaram a ser negociados, permitiram a venda de milhares de obras de arte. Acompanhando este movimento, a MIT Technology Review BR está entrando no mundo dos criptoativos com um NFT que será distribuído aos 2.500 primeiros assinantes que reivindicá-lo. A ilustração, que foi a capa da edição nº06, remete aos vitrais renascentistas e representa a esperança de um novo amanhecer depois dos tempos sombrios trazidos pela pandemia da Covid-19.
Ao contrário de tokens normais, os NFTs são representações digitais únicas de bens materiais em uma rede blockchain e são insubstituíveis, o que faz aumentar sua relevância. Blockchain é um conjunto de tecnologias que empregam criptografia para armazenar informações de forma descentralizada e sem intermediários, o que permite, entre outras coisas, que essas informações sejam verificadas por qualquer pessoa sem depender de uma autoridade central. Com esse sistema, a tecnologia de tokens se tornou mais confiável, rastreável e protegida de fraudes.
Os assinantes que quiserem receber o NFT precisam estar atentos a algumas informações importantes. A primeira diz respeito à rede blockchain onde esses NFTs estarão registrados. O blockchain Polygon da rede Ethereum é a plataforma utilizada para criação, armazenamento e uso dos NFTs da MIT Technology Review BR.
Criando uma carteira digital
A segunda é que eles precisam de uma carteira digital de criptomoedas, que é uma ferramenta que permite armazenar e realizar transações com criptomoedas e criptoativos. E que esta carteira esteja habilitada para o ambiente Polygon. Uma carteira é composta por uma chave pública e privada, que são geradas com criptografia. Assim, o próprio dono detém as chaves e é responsável pelos seus ativos. Após reivindicar seu NFT, eles serão adquiridos e armazenados na carteira digital indicada pelo assinante.
Caso não tenha uma carteira, o assinante precisará criá-la. Na prática, as diversas ferramentas disponíveis no mercado ainda são um processo complexo. Mas é possível criar e configurar a uma carteira Metamask, um hot wallet que permite que o usuário guarde criptomoedas e NFTs criados na blockchain do Ethereum. Esta é uma das opções mais populares e fáceis de usar do setor. É preciso entrar no site oficial do Metamask (metamask.io/download) e baixar a versão desejada dependendo do navegador que está usando, sempre se certificando de que está baixando a versão oficial da carteira.
É preciso então configurar a carteira, seguindo as instruções do site. O processo é rápido e simples e começa ao selecionar a opção “criar uma carteira”. Depois disso, o Metamask pergunta se o usuário quer compartilhar alguns dados para melhorar a plataforma, o que é opcional. Em seguida, é preciso definir as senhas de acesso, o que exige atenção. Existem dois tipos de senha: uma para acessar o aplicativo e outra para acessar a carteira.
A primeira tem no mínimo oito caracteres e serve para desbloquear o aplicativo. Na tela seguinte, o Metamask irá nos apresentar um vídeo explicando o que é a frase de recuperação, que é um conjunto de palavras a serem utilizadas para que o usuário possa se conectar com sua carteira, independente do dispositivo que está usando, ao contrário da senha anterior que serve apenas para desbloquear o app. Caso precise de ajuda adicional, o assinante pode buscar informações nesse artigo do Portal do Bitcoin.
Como reivindicar o token
Uma vez criada a carteira de criptoativos, será preciso enviar à MIT Technology Review BR o código da hot wallet para que o token possa ser armazenado. Todos os assinantes receberão um e-mail com as instruções que levam ao ambiente digital, uma landing page, onde o assinante enviará o código.
Para completar o processo, a MIT Technology Review vai realizar o minting, ou seja, vai criar o certificado do NFT e colocá-lo no ambiente blockchain, tornando seu trabalho artístico único, não fungível, e ele será armazenado na carteira digital do assinante.
Quer saber mais? Confira o glossário que preparamos para você:
Criptoativos
Os criptoativos são representações de valores que só existem em registros digitais. A transação destas representações é feita entre indivíduos ou empresas sem a intermediação de uma instituição financeira.
Criptomoedas
As criptomoedas são um tipo de criptoativo usado em transações financeiras virtuais que podem acontecer em qualquer parte do mundo. Por isso elas também são chamadas de moedas digitais ou virtuais. O Ether é a segunda criptomoeda mais conhecida, e é a forma de pagamentos aceita para os usuários dos serviços da blockchain Ethereum.
NFTs
Non Fungible Tokens, ou tokens não fungíveis. Representa uma obra digital única, que não pode ser substituída por outra. O NFT funciona como uma assinatura ou certificado de autenticidade. São, portanto, ativos digitais únicos que podem ser comprados e vendidos, com cada transação sendo permanentemente registrada no ambiente blockchain.
Blockchain
É um conjunto de tecnologias que funciona como um livro de registros, aberto e descentralizado, que permite a realização confiável e segura de qualquer transação entre duas ou mais pessoas, sem a necessidade de intermediários. Ela possibilita a criação de um sistema inviolável para registro de dados de forma sequencial que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet.
Carteira digital de criptomoedas
É uma ferramenta permite armazenar e realizar transações com criptomoedas e criptoativos. Uma carteira é composta por uma chave pública e uma chave privada, que são geradas com criptografia.
Polygon
É uma estrutura usada para o desenvolvimento de blockchains interconectados. Foi desenvolvida com o intuito de fazer com que blockchains diferentes não operem como silos fechados, mas como redes que se encaixam em um amplo ambiente interconectado.
Minting
É o processo de certificação que gera um token de NFT.