Imagem a laser permite enxergar mais fundo em tecidos vivos
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Imagem a laser permite enxergar mais fundo em tecidos vivos

Uma nova técnica não invasiva e com alta resolução pode ajudar biólogos a estudar as respostas do sistema imunológico e desenvolver novos medicamentos.

A imagem metabólica é um método valioso e não invasivo para estudar células vivas com luz laser, mas vinha sendo limitada pela forma como a luz se dispersa ao penetrar nos tecidos, o que restringe a resolução e a profundidade de visualização. Pesquisadores do MIT desenvolveram uma nova técnica que mais do que dobra o limite usual de profundidade, ao mesmo tempo que aumenta a velocidade de captura, resultando em imagens mais ricas e detalhadas.

Essa técnica não exige que as amostras sejam cortadas e tingidas com corantes de contraste. Em vez disso, quando um laser especializado emite luz profundamente nos tecidos, certas moléculas presentes emitem luz de diferentes cores, revelando conteúdos moleculares e estruturas celulares. Utilizando um modelador de fibra recentemente desenvolvido — um dispositivo controlado por curvatura —, os pesquisadores conseguem ajustar a cor e os pulsos de luz para minimizar a dispersão e maximizar o sinal. Isso permite enxergar muito mais fundo e capturar imagens mais nítidas. Em testes, a luz conseguiu penetrar mais de 700 micrômetros em uma amostra, enquanto as melhores técnicas anteriores alcançavam cerca de 200 micrômetros.

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Esse método é particularmente adequado para aplicações como pesquisa sobre o câncer, engenharia de tecidos, descoberta de medicamentos e estudo de respostas imunológicas. “Ele abre novos caminhos para o estudo e a exploração da dinâmica metabólica em profundidade em biossistemas vivos”, afirma Sixian You, professor assistente do Departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação (EECS) e autor sênior de um artigo sobre a técnica.

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