Oferecido por
A Inteligência Artificial já se mostrou capaz de gerar novos padrões com velocidade, eficiência e verossimilhança. Ao longo dos últimos anos, tornou-se comum à geração algorítmica de qualquer objeto que possa ser renderizado digitalmente. E 2022 representou um ponto de virada para o uso dessa tecnologia em ferramentas voltadas para o desenvolvimento de conteúdo, artes visuais e outras atividades criativas. Essa aplicação da IA, chamada generativa, também chegou ao mundo corporativo e está mudando profundamente a maneira como as empresas trabalham. As organizações estão incorporando a tecnologia em suas operações de negócios com o objetivo de economizar dinheiro, aumentar a eficiência, gerar insights e criar novos mercados.
Existem aplicativos empresariais baseados em IA para aprimorar o atendimento ao cliente, maximizar vendas, aprimorar a segurança cibernética, otimizar cadeias de suprimentos, liberar funcionários de tarefas repetitivas, aprimorar produtos existentes e apontar o caminho para novos produtos. É difícil pensar em uma área de uma empresa em que a IA não tenha impacto.
E a perspectiva é de que novas opções continuem surgindo com cada vez mais frequência. De acordo com o relatório IDC Worldwide Artificial Intelligence Spending Guide, os gastos globais em Inteligência Artificial, incluindo software, hardware e serviços para sistemas centrados em IA, atingirão quase US$ 118 bilhões em 2022, ultrapassando os US$ 300 bilhões em 2026.
Segundo o IDC, até 2025, o volume de dados gerados em todo o mundo chegará a 175 zettabytes, ou seja, 175 bilhões de terabytes. Para empresas comprometidas com a tomada de decisões orientada por dados, o aumento de dados será providencial, pois grandes conjuntos de dados são a matéria-prima para produzir a inteligência de negócios capaz de impulsionar melhorias nas operações de negócios ou de conduzir ao surgimento de novas linhas de negócios. Sem a IA, no entanto, as empresas não têm como lançar mão desse vasto capital.
Tecnologia a serviço do cliente
Novas tecnologias vêm mudando a forma com que as empresas se relacionam com seus clientes, e a IA tem papel fundamental nessa transformação, pois é capaz de otimizar as interações e criar experiências diferenciadas para cada um deles. Além disso, contribui para que a empresa se destaque frente à concorrência. Afinal, a excelência da experiência do cliente já se provou determinante para sua fidelização e seu engajamento. Com isso, tornou-se para as empresas uma preocupação central. Mais que um forte diferenciador de marca, essa experiência representa hoje uma vantagem competitiva. Serviços cada vez mais personalizados são determinantes para construir uma relação consistente com o consumidor. E o feedback em tempo real que leva à personalização – como sugestões de produtos da Amazon, recomendações de filmes da Netflix e ofertas de listas de reprodução do Spotify – só é possível com o uso da IA para o desenvolvimento de interfaces inteligentes.
Allan Fonseca, diretor da Infobase Interativa, referência em soluções de e-commerce no Brasil e parceira estratégica da Adobe, um dos principais fornecedores de tecnologia para esse ambiente na região das Américas, explica que as interfaces inteligentes são aquelas que se ajustam a cada usuário, permitindo que façam modificações e reorganizem sua configuração para que seu uso lhe seja agradável. E que, com recursos proporcionados por tecnologias como IA e machine learning, irá se adaptar aos objetivos, gostos e necessidades desse usuário para que a interação seja a mais espontânea possível. “Quando falamos de interface, na prática estamos nos referindo ao espaço no qual a empresa, por meio de um sistema, está se comunicando com seu consumidor, está interagindo para oferecer a informação que ele demanda. A Infobase trabalha essa interface sob dois aspectos. O primeiro deles é o conceito. O que o usuário espera dela? Qual a primeira meta a ser atingida com essa interface? Então esse é um trabalho que mobiliza os conceitos de User Experience para promover discussões e realmente gerar uma interface capaz de atender o objetivo estratégico da empresa com a melhor experiência possível para o usuário. O outro é o aspecto tecnológico, que parte dessa discussão conceitual para chegar a algo dinâmico e personalizado. Ou seja, essa interface não será a mesma para todos os clientes dessa empresa. E aí entra a tecnologia, pois é humanamente impossível identificar os gostos e necessidades de milhões de pessoas em real-time“, explica o executivo.
Fonseca conta que, para esse processo, existem algumas ferramentas capazes de não só monitorar o que um grupo de usuários está fazendo numa interface, como também são capazes de gerar insights e em tempo real determinar a melhor opção em função dos objetivos da empresa. “Se você tem um e-commerce, é natural que se pergunte como essa interface consegue vender mais. Uma ferramenta dessas consegue fazer múltiplos testes simultaneamente, em tempo real, e modificar uma interface para vender mais. Assim, ela consegue definir qual a melhor para cada perfil de consumidor”, explica. Ele diz ainda que são ferramentas que usam a Inteligência Artificial e o machine learning para analisar constantemente as ações, reações, perfil e hábitos de cada usuário.
A integração adequada dessas tecnologias é fundamental para o sucesso da estratégia de negócios das empresas. Mas Fonseca chama atenção para o fato de que, apesar da velocidade dos avanços tecnológicos e da presença cada vez mais intensiva dessas ferramentas no ambiente corporativo, o grau de maturidade das empresas em escolher e determinar quais ferramentas se adequam às suas necessidades ainda é incipiente. “As coisas estão acontecendo, mas muitas empresas ainda não adotam esse tipo de solução por falta de maturidade ou conhecimento. Muitas vezes querem e não conseguem, pois não têm um entendimento claro do quanto uma interface inteligente pode contribuir para o sucesso da empresa ou até mesmo quais tecnologias ou parceiros são capazes de implementar uma solução dessas. Eles em geral não sabem como a IA pode ser usada para incrementar as vendas, não conhecem as ferramentas ou o que elas têm para conseguir entregar resultados. Nesse momento a Infobase entra com a sua expertise de entender os benefícios que cada uma das ferramentas oferece, como elas podem oferecer um atendimento personalizado para milhões de usuários diferentes, o que o cliente ganha, qual o retorno que ele terá”, analisa.
O executivo ressalta o papel da Infobase Interativa como uma integradora dessas soluções para que as empresas possam adotar a tecnologia mais adequada à sua estratégia de negócios. “A ideia é definir estrategicamente como uma interface pode vender mais. Assim, a Infobase é capaz de prover tecnologicamente a otimização, a velocidade e a entrega desses resultados, e de oferecer experiências personalizadas, impactando o resultado do negócio, o aumento de vendas, o aumento da lucratividade, e a redução de custos,” afirma Allan.
Se hoje as pessoas estão deixando os teclados tradicionais para interagir com a tecnologia por meio das telas, no futuro, interfaces inteligentes vão ultrapassar os limites das telas e dos aparelhos para ocupar diferentes espaços, nas casas e nas cidades, o que trará consequências diretas para a relação entre as empresas e seus clientes. Allan, por sua vez, destaca, nesse cenário, a tendência à hiperpersonalização. Um cenário no qual as marcas são capazes de ouvir e se comunicar com seus clientes em todos os pontos de contato, prevendo seu comportamento para que recebam o que desejam, quando desejam. “No futuro, cada um terá uma experiência própria, só sua. E isso só será possível graças a ferramentas que possam não só prover os insights, mas criar mudanças constantes em função do comportamento do usuário. Que possibilitem que as empresas pensem o cliente individualmente de forma a entender o comportamento que se alterou. E que possam promover esta personalização em larga escala, com testes em tempo real com múltiplas variáveis para milhões de usuários”, finaliza.