Discussões sobre tecnologia e transição energética marcam o dia no EmTech Energy Brasil 2024
EnergyEnergy Summit

Discussões sobre tecnologia e transição energética marcam o dia no EmTech Energy Brasil 2024

O evento reuniu líderes e especialistas do setor em um dia de palestras sobre o setor de Energia na Cidade das Artes.

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Inovação, tecnologia e transição energética. Esses foram os temas que marcaram o dia no EmTech Energy Brasil. Esta é a primeira vez que a conferência da MIT Technology Review trouxe como tema principal o setor de Energia. O evento foi realizado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.

Na “Opening Session”, Hugo Leal, deputado federal e vice-presidente da Comissão de Energia; Hudson Mendonça, CEO do Energy Summit; André Miceli, CEO da MIT Technology Review Brasil; Elizabeth Bramson-Boudreau, CEO e Publisher da MIT Technology Review; e Ted Hu, Senior Manager of Licensing da MIT Technology Review debateram como levar a discussão sobre transição energética para a agenda dos CIOs.

“A MIT Technology Review celebra, em 2024, 125 anos de existência. Ao longo desses anos discutimos as tecnologias que estão transformando o mundo. Agora, o EmTech Energy Brasil chega ao Rio de Janeiro, para conectar líderes mundiais e solucionadores que estão moldando o futuro da transição energética.”

Hugo Leal destacou, ainda, as oportunidades de desenvolvimento para o setor no estado. “Temos mais de quatro universidades e 26 institutos estudando esses cenários. Além disso, o Rio de Janeiro é o principal produtor de gás e óleo do país.”

Em seguida, Elizabeth Bramson-Boudreau voltou ao palco para falar sobre as 10 Breakthrough Technologies of 2024. Desde 2021, a MIT Technology Review Brasil publica as apostas para as tecnologias que vão moldar o futuro.

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Elizabeth destacou que nem toda tecnologia escolhida é uma boa solução. No último ano, por exemplo, uma das escolhidas serviu de base para as armas usadas em guerras como a da Rússia e Ucrânia.

A CEO ainda destacou algumas das primeiras tecnologias que foram publicadas na lista, como o Natural Languages em 2001; a Siri em 2009; e a Carbono captures em 2019.

Em uma palestra focada na agenda dos CTO’s, André Miceli, CEO da MIT Technology Review Brasil e Robert Armstrong, ex-diretor do MIT Energy Initiative, conversaram sobre custos e emissões; e sobre energia nuclear, uma solução que pode ser usada pelas empresas para acelerar as estratégias de descarbonização.

“Como não utiliza combustível fóssil, não tem pegada de carbono. Energia nuclear é uma zona segura para investir”, disse Armstrong.

Energia aplicada a diferentes setores

Quanto ao impacto da IA — usada para otimização dos processos e ganho de eficiência nas empresas — no setor de Energia, o professor emérito do MIT destacou que ainda não é possível mensurar com precisão.

Armstrong destacou, ainda, que o CTO precisa olhar para os recursos que têm à disposição e como eles estão se relacionando aos processos, visando melhorias e redução de impactos. “Para as indústrias é extremamente necessário fazer as perguntas certas, mas também é necessário pensar em inovações.”

No painel “Boosting clean energy startups”, Bruno Fraga, CEO da Sirius; Ricardo Cappra, CEO da Cappra Lab e Milton Souza, vice-reitor de Pesquisa e Professor Titular da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) discutiram o potencial do mercado brasileiro no segmento de Energia. Para eles, o Brasil conta com uma posição geográfica e climática que favorece o setor.

Para eles, as startups serão as grandes precursoras para tomada de decisão e ajudarão a impulsionar iniciativas que favoreçam a aplicação dos 4Ds da transição energética (descentralização, descarbonização, democratização e digitalização).

O evento também colocou em debate as estratégias de customer experience (CX) nas empresas de Energia. Mauricio Velloso Ferreira, diretor corporativo de Clientes e Serviços do Grupo Equatorial de Energia; Amanda Andreone, Country Manager da Genesys; e Rafael Coimbra, editor–executivo da MIT Technology Review Brasil.

Os especialistas destacaram que tecnologias emergentes, como Inteligência Artificial garantem a oportunidade de ter mais informação e ser proativo com o cliente.

“A tecnologia é um meio para ter os resultados que se espera. A hiperpersonalização ajuda a demonstrar ao cliente excelência no atendimento desde do primeiro momento.”

O evento seguiu com a palestra “Technology driven Business model innovation”, com Maria Alice Frontinni, CEO da MIT Alumni Club e Erin Scott, MIT Sênior Lecturer. No painel, os palestrantes mencionaram a questão das políticas públicas quais melhoras podemos esperar e como as tecnologias podem ser uma ponte para isso.

Especialistas debatem diferentes soluções para a mudança climática

Iniciando o ciclo da tarde, Ted Hu, Senior Manager of Licensing da MIT Technology Review Innovators Under 35 Cleantechs; Rachel Maranhão, CEO da MABE Bio; Esthevan Gasparoto da CEO da Treevia Forest Technologies falaram sobre o papel dos empreendedores no desenvolvimento de novas empresas que visam fomentar o setor.

Esthevan e Rachel foram reconhecidos como Innovators Under 35 pela MIT Technology Review por conta de seus empreendimentos.

Na palestra “Strategies For Corporate Sustainability”, Eduardo Fracassi, Ambassador Climate Interactive, destacou o modelo criado pelo MIT para ajudar a solucionar um dos problemas mais graves que a humanidade está enfrentando: as mudanças climáticas.

“A gente pode plantar árvores, mas precisamos de dinheiro para muitas. Vamos plantar tudo. Se você pagar por isso, ajudaria muito, mas ainda não existem tecnologias comprovadas que ajudam a parar crise climática”, enfatizou Fracassi.

Mauros Farias, secretário de TI do Rio de Janeiro, na palestra “Sustainable Technology Practices” citou as práticas do estado para realizar a transformação digital.

De acordo com ele, vários projetos estão sendo realizados para melhorar a vida DP cidadão fluminense. Ele citou que a maior parte dos processos dos governos estão sendo digitalizados ou já estão digitalizados.

“Em poucos anos todo o cidadão do Brasil vai saber sobre direito da proteção de dados, algo muito importante, muito valioso”, explicou Mauro.

Na palestra “Safeguarding Energy Transition” os palestrantes discutiram a importância da segurança de dados nas empresas. De acordo com o Daniel Tupinamba, sócio da Delloite, demora cerca de 200 dias para um ataque acontecer. “O atacante se adapta então já manda pelo whatsapp, em outros países pelo SMS. É o link de um site de compras que parece inocente, mas pega informações.”

Na palestra, que também contou com a participação de Samara Silva, gerente-executiva de Segurança da Informação (CISO) da Petrobras e Stephanie Tondo, repórter da Startups.com.br, discutiu-se, ainda, a importância da biometria, que facilitou o processo de segurança, ficando mais robusta e a experiência de usuário fica melhor.

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“No setor industrial as redes inteligentes controlam fluxo de energia. Tudo isso é apoiado por tecnologia avançada e IA. O negócio e a tecnologia são usados no apoio da IA, mas aquilo precisa ser muito protegido. É necessário prever ataques. A IA pode ser usada para o mal e é preciso estar atento.”

Por fim, no painel “The CIOs impact on ESG strategies”, Rafael Coimbra, editor-executivo da MIT Technology Review Brasil; Gustavo Valfre, vice-presidente de Tecnologia no Grupo Energisa (CTIO); Auana Mattar, CIO Tim Brasil; e Helena Tenorio, diretora do BNDES debateram o protagonismo do CEOs dentro da transição energética, como aumentar a diversidade dentro do setor e outras definições estratégicas.

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