“Há soluções éticas universais para IA”, afirma Mat Honan no EmTech Brasil
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“Há soluções éticas universais para IA”, afirma Mat Honan no EmTech Brasil

Mat Honan, editor-chefe da MIT Technology Review, afirmou que acredita que há soluções éticas universais para o uso de Inteligência Artificial. Para ele, é possível concordar amplamente que o uso da tecnologia deve respeitar os direitos humanos, a democracia e a igualdade entre as pessoas.

Na palestra de abertura do EmTech, evento da MIT Technology Review que acontece pela primeira vez em São Paulo nos dias 29 e 30 de outubro, Mat Honan comentou sobre o rápido desenvolvimento da IA e os impactos das tecnologias. A conversa foi mediada por André Miceli, CEO e editor-chefe da MIT Technology Review Brasil.

Para Mat Honan, a Inteligência Artificial veio para ficar: “Minha visão pessoal é que nós não vamos mais deixar isso”. Na sua opinião, também será inevitável que a tecnologia acabe substituindo seres humanos, ainda que o avanço disso pareça ter atingido um platô.

Nesse cenário, o editor-chefe da MIT Technology Review refletiu sobre o papel de quem trabalha com tecnologia e defendeu que é muito importante pensar sempre sobre quais os seus impactos. Além dos acordos globais mencionados no início, Honan também defendeu que é preciso haver uma descentralização do desenvolvimento de tecnologias como IA.

Ele apontou que é possível aprender com o uso das redes sociais, que já estão inseridas na sociedade há mais de uma década. Segundo o editor, para ter um desenvolvimento ético da tecnologia é preciso pensar no mundo em suas múltiplas línguas, olhando para a variação do que é considerado aceitável em diferentes locais e culturas. “Ninguém conhece a comunidade melhor do que a própria comunidade”, afirmou.

Citando a China e os Estados Unidos, Mat Honan avaliou que os dois países têm usado os avanços tecnológicos em uma competição de poder, que não é saudável para o resto do mundo. “Eu espero que possamos usar nossa influência como jornalistas, como pessoas na academia para tentar influenciar quem desenvolve tecnologia a pensar de uma perspectiva mais global”.

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