“Brasil sabe desobedecer a regras e é bom desobedecê-las”, diz Roger Spitz
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“Brasil sabe desobedecer a regras e é bom desobedecê-las”, diz Roger Spitz

Para o presidente do Disruptive Futures Institute, Roger Spitz, o Brasil tem uma importante ferramenta para lidar com a árdua tarefa de se preparar para o futuro: saber desobedecer a regras. Para ele, “é bom desobedecer a regras porque manuais nem sempre funcionam e é bom ter recursos”.

Roger Spitz palestrou durante o painel “Policrise ou Polipreparação? Bem-vindos às Metadisrupções” no EmTech Brasil. A sessão contou com a mediação de Rafael Coimbra, editor-executivo da MIT Technology Review Brasil.

Partindo da premissa de que “mudança não é novidade, disrupção não é novidade, mas a mudança está mudando”, Spitz fez uma apresentação sobre como melhor se preparar para lidar com os desafios do futuro. Segundo ele, vivemos hoje em um mundo em que os dados são adorados como reis, mas é crucial saber como usá-los. “O desafio é confiar que dados do passado e do presente vão ser os dados do futuro”, afirmou.

Ele diferenciou situações as complicadas e as complexas. Segundo o especialista em futuro, a Inteligência Artificial é muito bem preparada para lidar com o complicado, porque ele é um desconhecido conhecido, previsível e estável. Por outro lado, o complexo apresenta desafios maiores, é um desconhecido e imprevisível.

Assim, dois pontos são cruciais. O primeiro é o que ele chamou de UN-VICE (Unknown, Volatile, Intersecting, Complex, Exponential). Ou seja, é preciso considerar o desconhecido, volátil, entender que há muitas intersecções, complexidade e uma velocidade e volume exponenciais.

Para lidar com tudo isso, é imperativo usar três A: “Antifrágil”, que seria a construção de uma fundação sólida para resolução de problemas; Antecipatório, uma visão de longo prazo, a capacidade de pensar à frente; e Agilidade para agir.

Por fim, Roger Spitz falou sobre como um profissional capaz de lidar com mudanças disruptivas, que considera todos os fatores que ele apresentou enxerga o futuro. Ao invés de fazer previsões, que apostam em um futuro esperado, ele usa o foresight, que considera múltiplas possibilidades de futuro.

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