“Tem que ter coragem para inovar”, diz diretor da Infobase
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“Tem que ter coragem para inovar”, diz diretor da Infobase

Allan Fonseca, diretor da Infobase Digital, está otimista com o panorama da inovação nas empresas brasileiras, mas destaca: “Tem que ter coragem para inovar”. Ele participou do painel “Innovative Workplaces 2025: panorama da inovação no Brasil” no EmTech, evento da MIT Technology Review que acontece pela primeira vez em São Paulo nos dias 29 e 30 de outubro. A conversa foi mediada por Andre Miceli, CEO e editor-chefe da MIT Technology Review Brasil.

Comentando os resultados do levantamento Innovative Workplaces 2025, que mediu o panorama de inovação no Brasil, feito pela MIT Technology Review, Fonseca disse que o principal fator comum entre as empresas que se destacam por inovação é a mentalidade de resultado. Segundo ele, nos casos de sucesso tanto o método, quanto a comunicação dos resultados estão claros “não só para o time interno, mas também para o fornecedor”.

Outro ponto fundamental abordado pelo diretor da Infobase foi o da cultura que, ele destaca, é diferente hoje do que era antes da pandemia de Covid-19. “A cultura tem um valor enorme na inovação, mas hoje a gente tem que pensar em como faz isso digitalmente.”

Segundo ele, na realidade atual é preciso criar workspaces digitais nos quais seja possível inserir a cultura, a métrica e “principalmente resultados”. “As pessoas não se engajam só por dinheiro”, completou. André Miceli complementou a fala de Fonseca do ponto de vista dos profissionais afirmando que “empresas que têm uma característica inovadora tendem a recrutar e manter profissionais melhores”.

A velocidade e os desafios da inovação também foram pontos abordados na discussão. Se por um lado, destacou Miceli, diz-se que inovação é como sopa, que precisa ser tomada pelas beiradas, Fonseca apontou que inovação em termos de eficiência e produtividade pode ser atingida em curto prazo. No entanto, ele ressalva que inovação operacional exige mais tempo, investimento e comunicação da geração de valor, para evitar frustração.

Allan Fonseca apontou ainda que empresas com departamentos de inovação bem estruturados podem enfrentar o desafio da priorização de projetos. Enquanto isso, empresas com menos recursos e pessoal, acabam navegando de forma mais fácil. “Elas têm uma orientação ao resultado muito maior”, explicou.

No início do painel, Andre Miceli apresentou a metodologia de avaliação e os principais resultados do levantamento da MIT Technology Review. A pesquisa concluiu que a maturidade em inovação é o divisor de águas entre empresas intermediárias e de ponta.

“As empresas que conseguem conciliar inovação em processos e inovação em produtos conseguem performar melhor”, apontou Miceli.

Ele destacou que este ano a metodologia foi reformulada, focando principalmente na ambidestria corporativa, que se apoia principalmente em exploração e experimentação. Os resultados das empresas avaliadas foram divididos em dois clusters de inovação, um intermediário e um avançado. Além disso, não foi identificada uma diferença significativa entre os segmentos analisados.

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