Brasil é ambiente fértil para inovação e novos negócios, opinam especialistas
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Brasil é ambiente fértil para inovação e novos negócios, opinam especialistas

“O Brasil é o melhor lugar para se estar”, definiu Auana Mattar, CIO da TIM Brasil, sobre as possibilidades de negócios no país. Com grande capacidade produtiva, um mercado interno gigante, boas fontes de energia e forte ecossistema de parceiros, o Brasil está repleto de oportunidades para as empresas e “é um país muito aberto para a gente criar”, afirmou Auana.

O painel “Autonomia Estratégica: O Caminho do Brasil Entre os Gigantes”, do EmTech, evento do MIT Technology Review, debateu a posição do Brasil para os negócios e desenvolvimento de tecnologias. Ele reuniu, além de Auana Mattar, Sandro Simas, CIO da V.tal, e Amanda Andreone, country manager da Genesys. A conversa foi mediada por Rafael Coimbra, editor-executivo da MIT Technology Review Brasil. O EmTech acontece pela primeira vez em São Paulo nos dias 29 e 30 de setembro.

Alinhada à CIO da Tim, Amanda Andreone afirmou que “não tem nada que a gente traga para o Brasil que a gente não tenha mercado para, no mínimo, experimentar. Eu acho que a gente está em um momento ímpar”. “A gente tem uma oportunidade imensa de usar essa escala, o gigantismo do país, apoiado por um crescimento sustentável, que pode ser alavancado pela tecnologia e, por que não, pelas pessoas e pelos processos”, completou.

Sandro Simas concordou e também pensou sobre a ampliação da capacidade do mercado interno para nível mundial: “O Brasil naturalmente vai gerar investimentos pela sua própria demanda, mas acho que a grande discussão é como a gente faz do país um competidor em nível global”.

O CIO da Vtal também destacou que para garantir autonomia as empresas precisam pensar seus negócios de forma modular, “como um tetris”. “Ao mesmo tempo que a gente quer aproveitar o melhor de cada solução, a gente quer manter a independência”. Segundo ele, este é um dos principais desafios hoje no Brasil, montar um conjunto de ferramentas que se encaixem, mas que também possam ser substituídas.

Indo além, Auana destacou a importância de construir parcerias sólidas: “Não vejo hoje sentido você tentar sozinho construir algo. Você escolher seus parceiros estratégicos é um ponto fundamental”. Para ela, três pilares são indispensáveis nas empresas: Segurança para fazer acontecer, flexibilidade e parceiros fortes.

Amanda por sua vez trouxe uma visão pragmática: “Eu tenho uma visão muito particular sobre tecnologia: tudo não terás.” Segundo ela, é preciso ser estratégico para escolher focos de investimento e desenvolvimento, porque querer sempre fazer algo a mais é o que muitas vezes atrapalha os negócios. “Não dá para garantir inovação o tempo todo, está tudo mudando a cada dois minutos.”

Os painelistas abordaram também a inteligência artificial de pontos de vista variados. Amanda Andreoni falou do ponto de vista da experiência do cliente e defendeu que a IA não deve ser adotada indiscriminadamente. Para ela, a adoção de IA deve ser feita com investimento, estratégia e, acima de tudo, cultura. “Para mim, inteligência artificial é um tema de casos de negócio, casos de uso 100%”.

Sandro Simas analisou o uso de IA na tecnologia de telecomunicações, que é, de acordo com o CIO, uma rede cada vez mais inteligente. Segundo ele, esses modelos são fundamentais para possibilitar novas formas de trabalhar. “O que essa tecnologia viabiliza que eu não conhecia fazer antes de outra maneira?”, questionou.

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